Enquanto o mesclado recente de um ótimo documentário e esdrúxula história fictícia dramática nos faz perguntas intrigantes como “Qual é o nosso papel neste mundo?” eu pergunto-me coisas menores e perenes como “Qual é o papel deste filme neste mundo?”. O filme -de péssima trilha sonora e com terríveis erros de continuidade- decepciona ao utilizar-se de imagens para nos transportar as histórias contadas nos apresentando um óbvio roteiro de enredo de um ser em crise existencial buscando verdades e ideais alheios- Amanda, a mulher que merece ser amada, é uma fotógrafa parcialmente surda-muda traída pelo marido. Podemos ver a história de modo apelativo, para prender o espectador mal acostumado a assistir documentários, ou, de forma utilitária para relacionar esses assuntos endagativos com o dia-a-dia.
Por outro lado, mostra seu potencial cinematográfico quando se apresenta em forma de documentário, colocando em pauta uma incrível temática e assuntos extremamente construtivos, recheado de informações teóricas e depoimentos excepcionais- e vale lembrar, de interpretações pessoais- de especialistas na área da metafísica, física quântica, genética, neurociência e psicologia. De forma mística- e de vez em quando, até cansativa- aborda assuntos como espiritualidade e a força e influência do pensamento em tudo ao seu redor beirando muitas vezes a fraca argumentação. Ao basear-se quase inteiramente na física quântica, que é uma ciência que estrutura-se em hipóteses, pensamentos, sentimentos, e até mesmo intuições, o filme nos faz caminhar por um espaço reflexivo para um tema novo que merece espaço em nosso cotidiano. O problema apresenta-se da forma unimoral e persuasiva em que ele apresenta suas idéias, onde muitos críticos já o colocaram em classificação de auto-ajuda.
Conclui-se então que metade de suas cenas são dispensáveis, e quando não estimula-se a psicologia do pensamento positivo com o velho argumento de que nos condicionamos a não ter controle com o que ocorre dentro e conseqüentemente, fora de nós, nos mostra teorias engrenadas que nos leva a acreditar se o que imaginamos é real. Ora ficção de baixíssima qualidade, ora inteligente documentário persuasivo, o filme cabe ao espectador a escolha de qual assistir. Portanto basta a você decidir qual é a verdade, e se acredita nela.
sábado, 20 de junho de 2009
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