terça-feira, 24 de novembro de 2009

MAIHIPI

> Criar arquivo novo no photoshop; 980 largura; 600 altura.

> Layout "feijão com arroz": cabeçalho, menu horizontal, três colunas.

Terminado o layout, fatiar a imagem. Lembre-se:
imagens que serão publicadas no site devem ser fatiadas do menor tamanho possível;
ajuste bem uma fatia na outra. Tome cuidado para não deixar pequenas fatias indesejáveis;
Ao fatiar você está orientando o photoshop a criar uma tabela em html, então procure fazer uma tabela simples, "regular".

Depois de fatiar, SALVAR PRA WEB

Selecione as fatias que serão publicadas como imagem, uma de cada vez, e escolha se ela é gif ou jpg. Busque o menor peso com uma boa qualidade.

Salve. Atenção:
Crie uma pasta só para os arquivos do site;
Dê nome ao arquivo;
Escolha: html e imagens; configurações padrão, fatias do usuário.

NO DREAMWEAVER

Delete as imagens desnecessárias, que estão apenas demarcando o espaço no layout para conteúdo.
Importante: Preste atenção na largura da imagem. Quando deletá-la, use esta largura para definir a largura da célula na qual a imagem estava. E limpe as informações de altura de cada célula e da tabela (selecione a tabela lá em baixo .
Acrescente a cor de fundo escolhida nas células onde havia imagem "desnecessárias".
Você só vais usar largura(L) e não altura(U).
Crie um mapa de links na imagem que contem o menu.
Não esqueça: tira o jogo da velha; bota o nome e .htm - prefira usar o mesmo nome que aparece no menu, sem espaço, sem acento, sem cedilha (e ponto HTM).
ENTER.
Configure o título da página. Use o nome do site e palavras-chave para definir o assunto(grafia completa).

Acho que a esta altura o sem arquivo está pronto para ser transformado em template/modelo.

O caminho é:

definir um site; (na barra direita do dreamweaver, ou no menu do programa em SITE > NOVO SITE;)
1. nome do site (para seu uso)
2. Não
3. (recomendável) e O MAIS IMPORANTE É SELECIONAR O LOCAL, a pasta onde está o seu site.
4. Nenhum.
concluído.

Inserir uma região editável; (3colunas)
Primeiro, seleciona a área onde o conteúdo será diferente em cada página. Depois: INSERIR > OBJETOS DE MODELOS > REGIÃO EDITÁVEL. (ok e ok)
Clica no cabeçario, então link:index.html
Salvar o modelo. (CTRL + S e dê um nome pro seu filho)

Para criar cada página do site:

ARQUIVO NOVO > aba MODELOS > CRIAR.
Bote o conteúdo e salve o arquivo com o mesmo nome que chama esta página no menu. Feche o arquivo. Deixe o modelo fechado também.
Depois de botar o conteúdo conforme a página necessária, depois só ARQUIVO,SALVAR com nome igual ao nome da página.
NO CONTATO colocar contato e COLAR O FORMULÁRIO DO JOTFORM(new,text Box:nome/email/mensagem, bota e mail no proprieties,source:option2) É só colar a tabelinha igual a da página do site jotmform.com

Repita o processo para cada página.

Atenção: Se precisar alterar alguma coisa na área não-editável, abra o modelo e altere. Na hora de salvar, clique em SIM / atualizar para que a alteração seja feita também em todos os arquivos criados com aquele modelo.
multimídia,armazenainformaçoes,hiperlink,instantaneidade,personalização,interatividade.

Crônica de uma Produção Independente

Dia de produção é assim, correria, vou de voule. Chama a amiga da irmã, cadela da vovó, até primo distante para fazer figuração. Os atores são todos iniciantes, colegas que divulgam seu nome por um almoço e jantar. E quem fornece esse almoço e jantar é o patrocínio, aquele tão suado que aparece nos agradecimentos dos créditos finais. E pra chegar lá não é fácil. Cinema independente por aqui depende de muitas coisas. É projeto pra mais de dez anos. Viver disso: pode tirar seu cavalinho da chuva. São leis de apoio que não apóiam em nada, e quando apóiam, apóiam pouquinhoinhoinho. Ênfase para pouco: a verba é sempre curta para fazer um curta. Na maioria das vezes, tem que estar preparado para tirar dinheiro do bolso. Desde a gasolina do transporte aos equipamentos. Ah, os equipamentos! Coisa cara é aluguel de câmera, steadicam, spotlight. E os efeitos da iluminação é responsabilidade do papel machê. Toda a paleta de cores que uma papelaria pode te oferecer. Dia de gravação: frio na barriga de todos. A câmera, por menos que seja o destino da gravação, sempre intimida. Corta, faz, refaz, refaz, refaz. Atores iniciantes, lembram? Cavalo dado não se olha os dentes. Depois das gravações é que começa. Sim, edição. Corta, cola, corta, cola, corta, corrige, cola. O trabalho do editor é digno de admiração. Aliais, todos os trabalhadores do meio cultural são dignos de admiração. Pena que todo mundo esquece essa admiração. E a remuneração.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Síntese dos textos “De qual comunicação estamos falando?” de Luiz Martino e “As origens antigas: a comunicação e as civilizações” de Antonio Hohlfeldt

O conceito de comunicação é difícil de definir, devido ao fato de ser um termo extremamente abrangente, porém todos seus derivados taxionômicos levam a um único princípio de entendimento: “pôr em relação”. A palavra tem origem no latim communicatio, no qual diferenciamos três raízes; munis que significa “estar encarregado de” acrescido ao termo co, que nos passa a idéia de simultaneidade, algo que é realizado em conjunto, com a terminação tio, que nos remete novamente a atividade. Na história, a palavra surge a uma prática realizada nos mosteiros, que significa “tomar a refeição de noite em comum”, encontro realizado somente a noite, após o dia de silêncio, contemplação e isolamento. Já vemos então a palavra como algo original e polêmico, por ser uma realização em comum e “romper o isolamento”. No próprio sentido etimológico do termo já aparece a comunicação como o produto de uma relação ou de um encontro social, “ação ou algo em comum”. Portanto, o termo em sua acepção mais fundamental, refere-se ao processo de compartilhar um mesmo objeto de consciência. Entre tantas significações, as substantivas nos causam maiores dúvidas. A comunicação pode também ser a mensagem de referência, o que esta sendo passado: a informação é uma comunicação que pode ser ativada a qualquer momento. Toda informação pressupõe um suporte- o meio de comunicação-, certos traços matérias e um código com o qual é elaborada. Código que nada mais é que uma organização desses traços materiais, e precisa ser extremamente claro, para haver compreensão por parte do receptor. Receptor esse, que seleciona as respostas. “Através da informação chega-se a ter algo em comum, um mesmo objeto de consciência”, portanto “ a informação pode ser considerada como uma parte do processa de comunicação, ou como sinônimo desse processo”. Há também sua relação com o “transporte de coisas”, pois toda comunicação não deixa de ser um meio de transporte, aí então sua estreita correlação com a atividade econômica. “Todos os sistemas de troca de forças ou de energia podem ser descritos como processos comunicativos”. Portanto, comunicação é relação, com a transmissão de uma específica idéia. Designa a relação que se dá entre elementos que guardam certa substancialidade: tornar comum um pensamento.





O processo comunicacional é, antes de tudo, uma práxis objetiva. O ser humano é eminentemente social, portanto torna-se impossível que ele não se relacione e conseqüentemente, comunique-se. Entra tantos “espécimes” de comunicação é importante lembrar a chamada massiva, que atua pelos veículos de comunicação de massa, ou media (termo utilizado que remete ao meio por onde a informação circula). “A comunicação de massa pressupõe a urbanização massiva, fenômenos que ocorre em especial ao longo do século XIX, graças a Revolução Industrial, dificultando ou mesmo impedindo que as pessoas possam se comunicar diretamente entre si ou atingir a todo e qualquer tipo de informação de maneira pessoal, passando a depender de intermediários para tal. Esses intermediários tanto implicam pessoas que desenvolvam ações de buscar a informação, tratá-la e veiculá-la- os jornalistas – quanto de tecnologias através das quais se distribuem essas informações . Todo esse conjunto constitui um complexo que recebe a denominação genérica de meios de comunicação de massa”. Suas funções são informar constituindo um consenso de opinião (construindo identidades) e divertir. A comunicação torna-se imprescindível para a cultura porque lhe garante uma codificação, que permite a continuidade e manutenção das tradições. Cada época e cada cultura têm suas características e modo de concretizar os processos comunicacionais. Desde a antiga Grécia que nada seria sem a comunicação entre os espartanos e os atenienses, que permitiu sua união e o fortalecimento da mesma. E como sabemos e tanto discutimos, foi berço da civilização que surgiram as primeiras teorias da comunicação, com os filósofos Platão, que diferenciou opinião e ciência em sua caverna onde as imagens são refratadas, e Aristóteles, que identificou primeiramente o que é a mensagem e quem são o emissor e o receptor. Em Roma, houve a primeira codificação com a adoção de um único idioma- o latim- para tratar de assuntos públicos e dos registros históricos que nos permitiram ter acesso a dados e façanhas importantes realizadas pelos doze imperadores. Na Europa, mais especificamente Itália, a codificação da comunicação permitiu a orientação em registros e documentos durante a era de exploração e descobrimento de novas terras. Já na França, no séc. XVIII quando o contexto foi o surgimento da burguesia e a oficialização da escola, pois a educação funcionava como status, a comunicação física, mais precisamente, escrita, tornou-se essencial. A modernidade inaugurou-se assim pelo surgimento do cinema, no fim do séc. XIX, com as chamadas imagens animadas, que causaram estranhamento por parte da população a aquele total novo tipo de comunicação. No século seguinte, nos anos 30 vieram o som, nos 40 a cor, e assim por diante a sétima arte não parou de evoluir até a contemporaneidade. Na atualidade tecnológica, a comunicação enfrenta barreiras cada vez menores, fazendo com que qualquer um possa tornar-se um jornalista, com a assistência certa. Portanto, vivemos em uma era na qual o estudo específico deste novo campo de conhecimento, a comunicação, faz-se cada vez mais imprescindível, e somente com essa assistência correta é que nos tornaremos completos como indivíduos sociais.

Prazeres da Metalinguagem Artística


Não é de hoje que a metalinguagem reflexo construtivista e a intertextualidade estão presentes na arte mais completa, fazendo os bem informados se deliciarem com citações referenciais artísticas. Portanto, toda vez que vemos uma referência intelectual cinematográfica bem feita vamos ao ápice. Uma das mais famosas é a seqüência da escadaria do fim do filme “Os Intocáveis” de 1987 do diretor americano Brian De Palma. Ela remete a cena do filme “O Encouraçado Potemkin” de 1925 do mítico e mais importante diretor soviético, Sergei Eisenstein. Esse nos mostra um fato histórico ocorrido em uma seqüência chocante de repressão violenta pela guarda do Czar sobre o povo na escadaria de Odessa em meio da Revolução Russa em 1905, com a morte de uma mãe e o conturbado caminho traçado pelo carrinho de seu filho bebê, despencando escadaria abaixo. O contexto nos esclarece: Eisenstein produziu o filme oito anos após a Revolução Bolchevique, era extremamente ativista, e fez o filme em homenagem aos 20 anos da Revolução Russa contra o Czarismo. Em um país comunista, onde as diferenças entre as supostas inexistentes classes sociais é abismal, o filme com movimentos grandes de população e atuação de atores não profissionais, chamados de atores sociais, juntamente com sua nova técnica de montagem revolucionária e brilhante, chocou e foi bem recebido pelo mundo, rendendo frutos positivos ao cineasta.
Abusando de planos absurdamente bonitos, panorâmicas e elevações perfeitamente ousadas, e criando uma nova técnica de montagem, chamada de montagem dialética, Eisenstein fez de Potenkim um dos filmes mais importantes da história do cinema, se não o mais.
Já o de De Palma refere-se a 1930 em Chicago, onde a Lei Seca gerava os maiores chefes da máfia do contrabando - e conseqüentemente da cidade -, entre eles o mais famoso, Alphonsus Al Capone. Ambos os filmes, apesar de roteiros extremamente diferentes, mostram um povo diretamente reprimido por uma força maior. Potemkin, porém, é claramente político- como todas as obras do magnífico Eisenstein-, já Intocáveis mostra um olhar político não tão claro, mais difícil de ver, talvez pela perfeição sonora e de misanscene característica de De Palma.
A homenagem intertextual feita por esse ao diretor soviético é comum e presente em outros filmes, devido ao fato de ele ter conseguido em 1925 todo o peso significamente político que muitos filmes não conseguem hoje em dia, fazendo com que suas referências ainda estejam fortemente presentes num mundo cinematograficamente pós-modernista.

Tarantino, nada sutil.




Os filmes de Quentin Tarantino são conhecidos por seus diálogos afiados, cronologias fragmentadas e alteradas, o intenso destaque dedicado a cultura pop, e principalmente, o excesso de cenas de violência. Com todas suas características fazendo contraponto aos códigos hollywoodianos, esse diretor cinéfilo que diz nunca ter frequentado as escolas de cinema, mas sim o próprio cinema, consegue fazer oque poucos conseguem unindo o cinema autoral ao comercial.
Com fortes influências da nouvelle vague francesa, filmes faroestes americanos, filmes de ação orientais e filmes de terror italianos, Tarantino conquistou espaço no mercado com seu estilo e estética única e contemporânea. Ele não hesita em ser citacional quando se trata desses seus estereótipos prediletos, e faz questão de homenagear marcando essas influências conceituais em suas produções.
Gosta de trabalhar com o mesmo circulo de atores, e seus elencos costumam ser potencialmente hollywoodianos. Porém, mesmo fazendo seus atores interpretarem personagens sempre ligados ao seu estereótipo pessoal de personalidade, consegue realizar em seus inteligentes diálogos características únicas, inserindo uma importancia trivial de diferenciação.
Deixa bem claro seu conceito de eliminar personagens humanamente reais dos filmes de arte, e substití-los por provocações sociais escarchadas com impactos cheios de atitude. Seus personagens costumam ser extremamamente ativos, intensos e funcionais.
Ele não tem medo de apresentar personagens esféricos, “sujos”, que realizam qualquer coisa para atingir seus objetivos.E na maioria das vezes, conseguem realiza-los. Não há senso dramárico fixo: não há problema de o mau triunfar no final, pois na maioria das vezes não há o mau. Nos vemos torcendo para o bandido, de forma que ele não é em todo o bandido.
O paralelismo universal se encontra também presente em suas produções, por exemplo, certas mesmas marcas fictícias de produtos ou restaurantes aparecem em vários de seus filmes, ou a presença de dois personagens que são irmãos em diferentes filmes.
A trilha sonora de seus filmes sempre se mostra extremamente eclética, sem medo de misturar ritmos musicais e hits das décadas de 60,70,80 e 90. O que demonstra o peculiar maniqueísmo do brilhante diretor para mesclar conceitos sem perder o sentido da idéia.
Esses fatores confirmam o fato de ele ser um dos cineastas mais completo e seguro do mercado atual, comparado e chamado muitas vezes de “Godard da atualidade”, pois apesar de mostrar a principal característica autoral ao imprimir sua marca registrada em seus filmes de modo que se torna impossível não reconhece-los, não deixa de comercializa-los, ocupando grande espaço e com um grande nicho de espectadores. Portanto o cinema de Tarantino tem características que qualquer cineasta sonha atingir, quando trata-se de fazer parte de um meio diferenciado e poder alterá-lo sem deixar de fazer parte dele. O que comprova que é possível sim, realizar um cinema de arte sem deixar de ser comercial.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Jean-Luc Godard, o verdadeiro sacana.



Os filmes de Jean-Luc Godard sempre se destacam por sua agilidade política e por sua brilhante originalidade. Obviamente não ficando de fora, Bande à part e Week-end à Francesa, são filmes extremamente políticos que não escondem o olhar desconstrutivista e contestatário desse cineasta revolucionário. Caracterizando-se pela mobilidade da câmera, pelos demorados planos sequências, pela montagem descontínua e pelos falsos- e claros- raccos, esses filmes são um exemplo do estilo inventivo do diretor, sempre com um olhar provocativo crítico e introdutivo, recheado de informações contraditórias, de forma com que faça o espectador refletir sobre a real interpretação da cena.
Utilizando elementos metalinguisticos, sempre lembrando ao espectador o seu lugar, Godard não hesita em momento algum em romper com o realismo, tanto na edição de som, quanto no corte de continuidade. Deixa isso bem claro em cenas memoráveis, como em Bande com os 36 segundos de silêncio do bem humorado e hedonísta triângulo amoroso ou a longa sequencia da dança coreografada e reflexiva pelos pensamentos dos personagens. Nesse filme memorável e refrescante, ele mostra caracterísiticas marcantes na juventude dos anos 60, ressaltando de forma positiva o aspecto político, de resistência cultural. Provocativo e nunca cedendo as apelações da indústria cinematográfica, a narração ironica até promete ao fim do filme uma continuidade sequencial em Techicolor, com aventuras do casal restante no Brasil, algo que sabemos que jamais acontecerá, vindo de Godard.
Já Week end, que é uma adptação do conto A auto estrada sul, de Julio Cortázar, se mostra também político, mas extremamente polemico, provocativo e radical. O filme nos mostra um casal de burgueses do estilo mais fútil em um louco apocalipse, com personagens históricos e até mesmo “canibais hippies”. Também recheado de metalinguagem, com duas partes memoráveis, a primeira com um travelling pioneiro de 300 metros mostrando um congestionamento na auto estrada francesa, e a outra um longo plano sequencia em 360 graus com o fundo doi som de um pianista tocando e explicando a importânica da música clássica de Mozart na música contemporânea. Concerteza um dos mais políticos de Godard, apesar de pertencer a sua primeira fase, o filme nos mostra sempre de forma irônica a distânica absurda das classes socias.
Esses dois nem tão simples exemplos unem características de um verdadeiro artista: política e arte. Características que esse mítico diretor nos mostra porque é e sempre será um dos mais polêmicos e políticos de todos os tempos.